APRESENTAÇÃO

A educação integral tem sido uma estratégia para diminuir a distância entre a escola e a vida, uma política pública relevante para integrar a escola às dinâmicas sociais e culturais da comunidade, podendo ser vista como “um laboratório de experiências culturais, sociais e históricas em que a realidade e o conhecimento adquirem novas formas”. Consolidada através do Programa Mais Educação, prevê a oferta de atividades socioeducativas no contraturno escolar, apostando que a ampliação do tempo e dos espaços educativos possa ser a solução para os problemas da qualidade de ensino, bem como se apresentam como estratégia de combate à pobreza, à exclusão social e à marginalização cultural. Trata-se, no dizer de Delma Freo Faccin, de trazer a educação para fazer frente às transformações sociais econômicas e culturais, pensada para um sistema educativo integral, em que o aprender se faça através de um processo dinâmico, a todo tempo e em todo local.

EDUCAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E IDENTIDADE LOCAL

O processo educativo que promove o encontro da comunidade consigo mesma e da realidade da comunidade com a unidade escolar, ou seja, com o projeto educacional, poderá contribuir para a transformação dessa realidade, especialmente se baseado nos pilares de ‘aprender a conhecer’, ‘aprender a fazer’, ‘aprender a conviver’ e ‘aprender a ser’, como necessários ao alcance do de um conhecimento crítico e transformador.

O Curso de Aperfeiçoamento / Extensão “A Escola e a Cidade: Políticas Públicas Educacionais” está focado em integrar e formar educadores e atores sociais relevantes da comunidade para uma intervenção prático-teórica integradora dos diversos espaços físicos e culturais da cidade à dinâmica educacional, tornando-a numa Cidade Educadora, em que a interação dos diversos tipos de conhecimentos proporcionam a transformação vivencial e novas dinâmicas de construção e apropriação desses espaços físicos e culturais da cidade.

CIDADES EDUCADORAS

“Cidades Educadoras” começou como um movimento, a partir do I Congresso Internacional de Cidades Educadoras, realizado em Barcelona em 1990, quando um grupo de cidades representadas por seus governos locais, pactuou o objetivo comum de trabalhar juntas em projetos e atividades para melhorar a qualidade de vida os habitantes a partir da sua participação ativa na utilização e evolução da própria cidade partindo dos seguintes princípios: 1. Trabalhar a escola como espaço comunitário; 2. Trabalhar a cidade como grande espaço educador; 3. Aprender na cidade, com a cidade e com as pessoas; 4. Valorizar o aprendizado vivencial; e, 4. Priorizar a formação de valores; que foram sistematizados na Carta das Cidades Educadoras, em 1994 no III Congresso Internacional de Bolonha, quando se constituiu a Rede Internacional de Cidades Educadoras, do apoio e suporte da ONU através da UNESCO.

PÚBLICO-ALVO

Serão ofertadas 40 vagas em Belém e região metropolitana e 40 em Paragominas e Microrregião, para professores da educação básica, educadores e profissionais das demais áreas e líderes da sociedade civil que atuem em Conselhos de políticas públicas locais.